domingo, 11 de setembro de 2011

Homem Bom de Cama - By Kirna Nascimento

Homem bom de cama não é aquele que demora um século para terminar uma transa, que agüenta até o fim, ou aquele que faz sexo oral como ninguém, ou que consegue ter milhões de orgasmos sem perder a ereção.Ser bom de cama é muito mais que isso. É olhar para a mulher e sentir o que ela quer, saber só pelo olhar ou pelas expressões corporais quais são os desejos dela.

É muito mais que satisfazer o corpo, é entender a alma.
Ser bom de cama é saber o que a mulher pensa, respeitar seus desejos, entender seu corpo, conhecer cada curva, cada detalhe, é saber como ela quer sentir prazer e como fazer com que ela sinta.

Homens bons de cama são raros. A maioria se confunde. Não sabem o que estão fazendo. Acham que estão certo, mas não entendem o que é fazer uma mulher sentir prazer de verdade. A maioria nunca vai saber, por ignorância, arrogância, ou por negligencia das mulheres. Realmente é cansativo ter que quase implorar para ser vista, apreciada e não ser tratada como se não tivesse capacidade de pensar algo coerente.

É realmente frustrante para uma mulher ter que conviver com essa situação, pelo menos para as que pensam de verdade e não se deixam levar pelos conceitos pré-concebidos que sugerem que mulheres não devem procurar se conhecer realmente, se sentir de verdade. As que são levadas por esses falsos valores não conseguem avaliar se o homem é ou não bom de cama, porque elas não sabem do que gostam. Por isso acredito que tantos homens que não entendem nada de mulher conseguem ainda ter relacionamentos.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Morte

-> Tomarei o embalo de Krishnamurti em Commentaries On Living 1 & 2, adaptado às minhas ideias e experiências.


Este é um dos assuntos mais complexos e difíceis para a humanidade: O "fim!"

Para muitas culturas esse momento é algo a ser celebrado, pois trata-se de uma transição deste para um lugar melhor. Inúmeras pessoas, mesmo em nossa sociedade não muito acostumada à esse tipo de visão, acreditam em um lugar tranquilo e sereno após este período, muitos sem muita convicção, mas assim crêem por medo.

A morte é inevitável, mas temos temor à ela. Como não podemos vivenciá-la, temos medo dela. Agora, como poderemos ter medo daquilo que não conhecemos? Na verdade não temos medo do desconhecido, mas da perda do conhecido, porque isso pode causar dor ou levar embora sua ideia sobre ela. É o conhecido que causa medo, não o desconhecido, afinal de contas, como o desconhecido pode causar medo? Temos medo de nossas ideias na relação dela com a morte, e como nos prendemos a uma experiência, adquirimos o temor do que o futuro possa ser. Mas o que "pode ser", é uma oposição daquilo que "é", ao presente, e é nele que devemos trabalhar.

Como é árdua a tarefa de lidar com essa fase da vida! De repente nos perdemos e ficamos distantes daquilo que estava tão próximo! Agora estamos conscientes de outras coisas, que se tornaram muito mais importantes. Agora percebemos que estamos sozinhos, sem um companheiro, sem o sorriso e a palavra inteligente e familiar; estamos atentos a nós mesmos agora e não somente ao outro. O outro era tudo e nós, nada; agora o outro não está presente e nós somos aquilo que é. O outro é um sonho e a realidade é o que somos; um sonho de nossa própria criação, vestido com a beleza de nossa própria alegria que desaparece gradualmente. O desaparecimento é a morte e a vida é o que somos, e a vida é sempre mais forte que a morte. Mas como amamos a morte e não a vida! Quando o outro é, nós não somos; quando o outro é, somos livres, desinibidos; o outro é a flor, o vizinho, o amor, o perfume, a lembrança. Todos queremos o outro, somos identificados pelo outro, o outro é importante e não nós mesmos. O outro é o nosso sonho; e ao acordar, nós somos o que é. O que é é imortal, mas queremos dar um fim ao real. Nossa vontade é de fugir de nós mesmos, de nossa própria compreensão, de nossa própria infelicidade, e infelizmente muitos nos ajudam a fugir, mas poucos ajudam a nos compreender. A dor não pode ser ignorada, ela deve ser compreendida a cada momento. Quando estamos felizes o tempo não existe, ontem e amanhã estão ausentes; a pessoa não pensa no passado e no futuro. Mas a infelicidade gera esperança e desespero. O problema na maioria das vezes não é a morte em si, mas a infelicidade gerada por ela. A infelicidade é o problema, confundida pela introdução de outro problema, que é o de como sair dela. Buscamos a saída, mas se compreendermos todo o processo, estaremos diante do problema. Entretanto, cometemos o equívoco de no final nos prendemos ao nosso próprio desespero.

Quatorze meses de luta contra um câncer de mama, e minha mãe veio a falecer quando eu tinha 14 anos. Cinco anos depois percebi que o problema não era a morte em si que, sinceramente, rapidamente superei, mas foi a falta de carinho materno, a compreensão quase divina, a paciência constante e os cuidados de mãe que me fizeram falta. Nesse processo, descobri o próprio abandono e a herança negativa de todos em minha volta que não souberam lidar com o fato.

A morte não é o verdadeiro problema, mas sim as nossas mentes lotadas de preconceitos e ideias sobre ela, que nos impedem de ver a verdade. Sempre a observamos com o filtro intermediário de nossas prévias conclusões, de nossas antigas e falhas abordagens, de outras pessoas, de crenças e ideologias; nunca nos permitimos olhar por nós mesmos a renovação da morte em nosso próprio espírito; jamais olhamos no espelho de nosso auto-relacionamento e encarar face-a-face o momento em si. Fugas sempre existirão, mas os problemas não vão embora através disso; pelo contrário! Se não existir o entendimento, o problema persistirá, como se fosse uma sombra. Humildade e tranquilidade são fundamentais, mas para isso devemos pensar por nós mesmos, não pela mente de quem está ou mesmo de quem se foi.

O contrário da vida não é a morte, a morte é apenas uma fase da vida! Então, amemos a vida; saibamos lidar com a morte e aprendamos com ela, mas não se permita que a morte tome você, o que, infelizmente, acontece com a maioria da humanidade em todos os níveis.

O que não provoca a minha morte faz com que eu fique mais forte - Friederich Nietzsche
A morte do homem começa no instante em que ele desiste de aprender - Albino Teixeira

terça-feira, 5 de abril de 2011

Enfrente a Si Mesmo.

Sempre digo que somos um resultado: Um resultado de todas as escolhas que fizemos no passado; logo, o futuro depende daquilo que fazemos hoje. O futuro não é uma entidade separada do presente, mas para muitos esse tipo de pensamento é algo longínquo e incompreensível. No entanto é preciso saber observar e aprender com os processos de mudança que aparecem ao longo de nossa contínua caminhada rumo ao desconhecido.

É curioso o quanto as pessoas não sabem apreciar tanto os bons momentos quanto as adversidades do cotidiano. Muitos usam do artifício da fuga para evitar o sofrimento, mas ele sempre persiste, como se fosse uma sombra. Existem fugas de diversos tipos: Veneração, bebiba, drogas e até o uso de outras pessoas; entretanto, como disse Krishnamurti, enquanto forem meros meios de fuga, "Deus" e a bebida estão no mesmo patamar. Agora, haverá a possibilidade de entender o problema se você não dá a devida atenção à ele? O entendimento é a única forma para a superação do problema, já que o problema e você não estão separados.

O sofrimento é importantíssimo para o processo de auto-descoberta. Quando ele vem à tona, uma espécie de "vazio" atua em nossa realidade; nas surpresas, observações e com a devida atenção aprendemos a preencher esse vazio, mas isso somente ocorre quando existe movimentação e exposição de nossa parte, pois sem isso nossa realidade não muda. Quando alguém nos abandona, independente da forma, é crucial a retomada de nossos próprios sentidos, pois sem eles nunca daremos a volta por cima.