terça-feira, 30 de março de 2010

Arrisque; viva a vida!

Hoje vou lhes relatar grandes conquistas de minha vida. Procurei atentamente observar tudo àquilo que mais me trouxe satisfação e equilíbrio.

.

- Em meados de 2009 estava em uma das piores épocas da minha vida. Simplesmente tudo que queria fazer não conseguia. Era como se tivesse um obstáculo em minha frente. Não possuía motivação nenhuma. Meu ânimo era dos piores e minha estima estava completamente baixa. Foi aí que conheci uma pessoa muito importante pra mim: Sr. Dalton Cortucci. Passamos a conversar constantemente pela internet e disse a série de problemas que tinha. Surpreendi-me, confesso, pela reação dele em relação a mim. Já que simplesmente não houve julgamentos e conclusões de sua parte. Trata-se de um bom ouvinte. Meses depois ele iniciou uma turma de “Coaching em Grupo” realizado em São Paulo (capital). Como estava em Viçosa, jamais poderia sair de onde estava para participar do curso devido à distância (650 km).

Foi então que questionei: Ora, se estou em uma situação de infelicidade, porque não arriscar fazer esse curso e tentar reverter minha situação? Então simplesmente fui!

.

Chegando ao curso conheci pessoas maravilhosas e que se tornaram grandes amigas por causa da similaridade em que nos encontrávamos. E, além disso, observei meus pontos fracos e potencializei minhas forças para a realização de meus desejos. Foi algo magnífico em minha vida!

.

- Apesar de meu namoro ter acabado, o período em que eu e minha ex e eu estivemos juntos foi realmente muito bom! Mesmo fazendo muitas coisas que já tinha realizado anteriormente, a forma com que encarávamos as coisas, fazia que tudo fosse novo para nós. Vivi esse tempo (não me refiro a tempo cronológico) sem medo e me entreguei a ele. Não sabia o que tinha porvir, mas encarei o risco (rsrs). E deu certo!

.

- Hoje estando em outra universidade (UNIFAL), sempre quis ingressar em uma faculdade pública, já que não possuo condições financeiras pra pagar uma universidade particular. No começo ouvi comentários como: “Nossa, passar em uma federal é algo muito difícil, você tem certeza que vai tentar isso?”. Não dei ouvidos e consegui minha tão desejada vaga na UFV. Corri os riscos e segui em frente!

.

Observaram a similaridade nessas situações? Em todas fui rumo ao incerto. O pior é que muitas vezes temos medo dele e acabamos nos fechando em nosso muro onde o conhecido reina. É por isso que os relacionamentos não dão certo, e é por isso também que nossas mentes se tornam tão embotadas e vazias. Quando uma situação não acontece como a gente quer, muitas vezes nos livramos da responsabilidade da verdade e acabamos, como meio de fuga, colocando a culpa nas outras pessoas. Acabamos sufocados pelo medo: medo de ser feliz, medo de viver, medo de amar.

.

Para os poucos que lêem o que escrevo, relatei tudo isso para lhes despertar uma reflexão que aprendi no meu curso de Coaching: Olhem para trás e veja que tudo, tudo que considerou como uma vitória em suas vidas – a despeito do tamanho ou da importância – foi porque você arriscou!

.

Possuímos medo de um dos fatores mais importante de nossas vidas: A incerteza. Afinal de contas, se soubéssemos o resultado de tudo, que graça a vida teria?

Aonde foi parar a nossa verdade?

Uma das coisas mais peculiares em minha personalidade é meu poder de observação. Por mais bobo que possa parecer o assunto, sempre observo as atitudes e a fala das pessoas com muita atenção. Hoje vi uma reportagem sobre como se comportar e agir diante de uma situação complicada ou promissora; falou-se sobre entrevistas de emprego, atitudes em relação às pessoas na sociedade, relacionamentos. O que pude notar é a extrema padronização que estamos sendo submetidos pelos outros. Simplesmente estamos deixando de ser nós mesmos ou não somos capazes de emitir uma opinião ou um contra-senso por inibição. E isso ocorre tanto na esfera intelectual como na esfera de nossos relacionamentos.

.

Quando estava no colegial, possuía um professor de física chamado Milton Abrantes Jr.;ele simplesmente puxava toda a atenção dos alunos; todos o admiravam, isso fazia com que fosse mais fácil seu controle sobre a sala, para logo depois pronunciar sua palestra. Nunca soube se ele disse uma grande besteira, já que eu também ficava, de certa forma, inibido de opinar. “Contudo, nossa admiração e adaptação não poderia criar um clima de tal confiança a ponto de nos impedir de discernir e vir a ‘engolir’ certas besteiras sem contestação? Já pararam pra pensar nisso?”

.

Inúmeras vezes observo a alteração no comportamento das pessoas para simplesmente serem aceitos ou melhores observados por um grupo ou pela sociedade. Acontece que a grande maioria simplesmente muda sua personalidade em função dos demais. A sociedade convencional dificulta sobremodo o pensar diferente. A padronização do homem conduz a mediocridade. Ser diferente do grupo ou resistir ao ambiente não é fácil, e não raro é arriscado, porque adoramos o bom êxito (Jiddu K. adaptado).

.

Ser o que é se tornou tão difícil que não sabemos sequer quem na verdade somos. Falamos muito bem sobre comidas, pessoas, carros, empregos, casa, mas geralmente poucos falam sobre si mesmos. Simplesmente não sabe o que falar, pouco se conhecem. Conduzimos nosso mundo em uma espécie de piloto automático, onde fazemos o nosso dia-a-dia sem parar pra pensar onde nossas atitudes podem estar nos levando.

.

Agora pensem bem: Em todas as vezes em que você deixou de ser você mesmo, o que isso lhe trouxe de real satisfação e felicidade? Somente teremos a real consciência quando agirmos de acordo com o que realmente somos, e não é difícil. Porque não podemos levar nossas vidas com serenidade espontaneidade e sinceridade? Como poderemos evoluir sem colocarmos nossas atitudes pensamentos e sentimentos em primeiro lugar? A dificuldade para realizar uma mudança é tanta que só de pensamos no fato já estamos antecipadamente julgando nossa real personalidade com uma série de pensamentos que na verdade nos foi imposto.

.

Porfim, porque não tentar agir de acordo com o que a gente é? Se fizermos isso sem conclusões a nós mesmos em uma opinião pré-formada, certamente haverá uma enorme descoberta em nossos próprios mecanismos.

.

A verdade é o mais importante e, principalmente, a SUA verdade!

sábado, 20 de março de 2010

Afinal o que as mulheres querem?

Noutro dia estava em uma roda de amigos quando duas garotas tomaram conta do assunto e puxaram toda a atenção para elas. O tema era a insatisfação delas em relação a nós homens. Evidentemente enquanto elas retratavam sua insatisfação, meus colegas já rebateram as críticas feitas, entretanto eu fiquei apenas observando. E simplesmente notei o que a grande maioria das mulheres – inclusive as que eu conheço – querem: Carinho, respeito e atenção. Meus colegas acharam que seria sexo ou algo do gênero. Já eu, sinceramente não me surpreendi, porque já imaginava esse tipo de conclusão.

.

Fazer uma mulher feliz não é apenas atendê-las na questão sexual como muitos homens pensam. Evidentemente um sexo bem feito é algo maravilhoso, mas o universo feminino vai muito além. Muitas delas querem apenas um pouco mais de carinho quando chegam em casa ou quando saem com seus namorados, que sejam observadas quando usam um brinco ou um vestido novo, querem que o homem pergunte como foi seu dia e assim por diante. Sentir a natureza feminina não é difícil, e digo isso por experiência própria. Elas querem simplesmente ser...AMADAS!

.

Observo a mim mesmo. Não me basta ter uma mulher apenas para me satisfazer sexualmente. Nesse caso posso até saciar-me por um tempo, mas isso não serve pra preencher meu coração. Para mim o que vale é tentar entender o desejo da mulher, é tentar desvendar o que ela sente, fazer exatamente o que ela quer apenas olhando em seus olhos, tocar seu corpo como uma delicada flor, ter aquela pegada que só um apaixonado pode ter, poder ter seu mundo envolto pelo abraço dela, gostar das mesmas coisas, sentir seu doce perfume, ter um ombro pra chorar quando a angústia bater, ter para quem dizer “eu te amo” perdido no meio da noite, falar das fraquezas sem ter medo de ser julgado, enfim, é poder olhar no fundo de seus olhos e ver um coração por detrás deles. E querem saber de uma coisa: não estou nem aí quando elas reclamam de meus erros sendo que elas fazem o mesmo alguns minutos depois, quando chegam vinte minutos atrasadas em um encontro, quando demoram séculos pra se maquiar e arrumar o cabelo, quando ficam naquele mal-humor de sempre, sabe porquê? Porque no final, tudo isso vale a pena! Não existe coisa melhor do que amar. E se existiu, acho que então não foi amor de verdade. O amor completa, acalma, purifica.

.

Talvez o que falta tanto nos homens quanto nas mulheres é sensibilidade e serenidade. Somente observamos por parte, mas nunca o todo. Complicamos aquilo que é simples e na vastidão de nossa arrogância nós nos tornamos incompletos e indiferentes. Você pode até perguntar o porque disso, e talvez a resposta seja igual ao que fazemos para com os outros: Não temos carinho, respeito e atenção para com nós mesmos.

terça-feira, 16 de março de 2010

Um fim de namoro, o início do aprendizado.

Esta é uma das coisas mais difíceis de lidar em nossas vidas. Quem nunca viveu esse tipo de situação certamente viverá um dia.

.

No começo queria entender o porquê de termos terminado. Chorava rios de lágrimas até soluçar, não tinha vontade de fazer nada, emagreci 4kg em 5 dias, perdi o ânimo de fazer as coisas; achava que iria morrer, mas nada como o tempo para dar nos dar a resposta.

.

A auto-tortura é algo muito comum de acontecer nesses casos: Eu ficava imaginando ela feliz com outro e me perguntava como tinha sido capaz de se "desapaixonar" tão depressa. Pensar nos momentos lindos em que tivemos juntos fazia com que a angústia viesse de frente, imaginando o quanto mais poderíamos ser felizes um ao lado do outro.

.

Sabe...as vezes precisamos de lições na vida para nos darmos conta da realidade. “Certas coisas que não deram certo são tão importantes quanto as que deram certo” (Twyla Nitsch); e a decepção e sofrimento não matam, ensinam a viver. Todo meu sofrimento foi um reflexo de mim mesmo; odiei certas atirudes dela, mas não me sentiria magoado se não tivesse essa fraqueza dentro de mim. Vi o quanto estava incompleto devido aos meus erros e a minha própria imaturidade, imaturo quando coloquei uma grande parte de minha felicidade em cima dela, abandonando à mim mesmo, e quando vi, os meios para a minha felicidade acabaram se tornando muito mais importantes do que a felicidade. O outro era tudo vestida pela beleza de nossa alegria e nós nada, e quando o outro vai embora só nos resta aquilo que é; o outro é um sonho, e quando acordamos apenas sobra nós mesmos.

.

Cessei meus pensamentos e deixei minha sensibilidade agir por mim mesmo, e consegui perceber que não tinha perdido minha namorada, eu GANHEI uma pessoa maravilhosa! Passei a me perdoar e vi que não havia propósito se eu ficasse lamentando o término do relacionamento. E quando há amor de verdade, acreditem, ele não se acaba, porque hoje simplesmente desejo a maior felicidade possível para a pessoa que me proporcionou momentos maravilhosos, e a tenho em um lugar especial dentro de meu coração.

.

Porque estou lhes dizendo isso? Por uma coisa simples: AME-SE!

Somente amando a si mesmo teremos a plena consciência para amar de verdade e descobrir toda a essência do amor. Não precisamos dos outros para amar e para realizar nossos desejos, mas para isso é preciso um ingrediente básico: o autoconhecimento; para também não forçar situações. Como disse minha amiga Soraya, "devemos sofrer quando a saudade vier, chorar quando a vontade bater, mas nunca ir contra o seu sentimento, para nao reforça-lo. Com o tempo, as coisas mudam, os sentimentos mudam e o novo acontece. Mesmo se esse amor nao passar, ele pode ser transformado e sentido com mais serenidade e até prazer". Devemos ser felizes e namorar do que namorar para ser feliz, porque se isso ocorrer, então seremos incapazes de amar.

.

Não lamente os erros, eles são os sinais que nos mostram onde é o caminho certo, não é fácil eu sei, mas a vida é sábia: Ela nos aplica primeiro a prova prática, para depois nos fazer pensar. Liberte-se, mas não do mundo, mas primeiramente de si mesmo.

Os problemas da vida.

Uma influência oriental.

.

Todos nós em algum momento de nossas vidas já passamos por um problema, um contratempo que nos causou dor e sofrimento. Para muitos a melhor forma de encarar esse tipo de situação é simplesmente esquecê-lo, para outros a distração é o melhor remédio - para o auto-esquecimento - assim como a censura de seus problemas. A maioria teme observá-lo de frente e encarar a realidade como ela é. É mais fácil ficar no conhecido, mesmo que ele nos cause dor do que partirmos de encontro a nós mesmos rumo ao desconhecido.

.

Como fazemos de tudo para esquecer nossos problemas! Sempre tentamos fugir das dores que nos atinge, já que é mais fácil tentar esquecer do que simplesmente tentar entendê-lo. O problema, assim como o desejo, não pode ser censurado ou reprimido, você deve antes entender suas origens e descobrir seus motivos. Não somos uma entidade separada do problema, nós somos o problema, e se postergarmos o entendimento isso trará apenas mais dor e confusão, já que tudo que é reprimido precisa ser libertado.

.

"Os problemas são sempre novos, velhas são nossas fórmulas para tentar resolvê-lo". A busca incessante por uma solução também é um problema, já que isso nos faz esquecer o próprio problema e, como a fórmula para tentar resolvê-lo está no passado, na memória, jamais poderemos superá-lo, porque o entendimento está no novo, no desconhecido.

.

Como diz a filosofia oriental, a solução não está separada do problema, ela está no problema. Se a resposta estiver separada criaremos outros reveses: o problema de como perceber a resposta, como realizá-la, como colocá-la em prática e assim por diante. Somente o entendimento trará a resposta, a solução para o problema, mas para isso deve haver uma atenção passiva, livre de conclusões.

.

Somente ficaremos livres dos nossos problemas quando entrarmos em um relacionamento direto com eles. Não são os nossos problemas que nos colocam contra nós mesmos, mas nossas idéias sobre eles. Os problemas nos engrandece, fortalece e nos unem, mas a idéias nos separam. (Krishnamurti adaptado)

.

Diderot tinha razão: Engolimos de um sorvo a mentira que nos adula e bebemos gota a gota a verdade que nos amarga.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Ouvir e escutar.

Uma das coisas que mais me chamam a atenção é o modo como agimos ao ver um problema de uma outra pessoa.

Num dia, em casa, as 4 horas da manhã, levantei da cama sem um pingo de sono. Como não havia nada pra fazer, coloquei uma música bem baixinha e passei a observar as estrelas pela janela. Na serenidade de minha paz passei a ter um silêncio interno capaz de perceber tudo a minha volta e, dentro desse silêncio, passei a escutar a música, ver o ambiente ao redor e a observar o céu de uma forma que jamais fizera. Era como se os resíduos da minha mente não estivessem presentes em meu coração. Tudo era completamente diferente.

Sempre ouvimos, mas jamais escutamos! Quando alguém nos relata seus problemas estamos mentalmente reagentes. Podemos até ouvir, mas entre a gente há sempre o filtro intermediário de nossos julgamentos, preconceitos, conclusões e pensamentos. Ouvimos com um preconceito ou com um ponto de vista particular. O pensamento é uma reação externa, ele jamais pode reagir internamente e, consequentemente ficamos presos apenas ao que as palavras dizem. Palavras confundem; elas são apenas o meio externo de nossa comunicação. Nossa falta de sensibilidade faz com que permaneçamos apenas no audível; sem sensibilidade, como pode
haver flexibilidade e percepção?

Para conseguirmos escutar devemos estar em um silêncio passivo em nossos corações. Esse escutar não só faz com que haja a percepção mútua, mas também purifica nossas almas limpando-as das coisas da mente. Mas como é difícil encontrar um ouvinte!
A purificação de toda a situação não depende somente de quem ouve, mas também daquele que deseja abrir seu coração.

Havendo silêncio pode-se escutar e, somente assim poderemos perceber o que está além da conclusão verbal. Escutando seremos capazes de chegar ao entendimento, e é o entendimento que trará a percepção de todo o conteúdo do problema.

É somente no escutar que seremos capazes de perceber a maravilhosa melodia das palavras.