segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Sobre os Problemas da Educação.

A cada dia a educação vem incorporando novas fronteiras: inclusão de materiais didáticos, professores cada vez mais graduados com os mais diversos títulos e inclusão digital são alguns dos aspectos que transformaram o sistema educacional tal como ele é hoje. Entretanto, dentre todas essas questões, o quesito que mais impulsionou à essa revolução pedagógica tenha sido a adesão da ciência em todas as áreas da pedagogia. Em princípio, um salto que inovou as relações humanas e a própria ciência; no entanto, a equivocada abordagem em torno dessa nova conjuntura tem acarretado em diversos antagonismos, não somente no aspecto educacional, mas no comportamento humano como um todo.


A realidade atual nos mostra que a educação nos impulsiona para uma criação de indivíduos adestrados, transbordados de técnicas e conhecimentos, estrategicamente transpassados para uma eficácia maior dos meios de produção, impedindo-o de questionar e de levar a diante sua própria criatividade. Estamos nos tornando cada dia mais mecânicos e "eficientes", mas ao mesmo tempo, perpetuamos discórdias, guerras, catástrofes e o caos instaurado que tomou todo o planeta. A ganância envenenou a alma do homem; nós desenvolvemos a velocidade, mas nos fechamos em nós mesmos; máquinas que nos deixou em abundância, nos deixou em necessidade; pensamos muito e sentimos pouco; e a natureza de nossa invenções grita em desespero pela bondade do homem*. Somos educados para aprender inúmeras informações, mas não para nos compreender o mundo por nós mesmos. Ensinam-nos "o que pensar", mas não "como pensar". A educação não é uma simples questão de exercitar a mente. O exercício leva à eficiência, mas não produz integração. A mente que foi apenas exercitada é o prolongamento do passado, nunca pode descobrir o novo (Krishnamurti, 1953). Este último filósofo deixa claro em seu livro Education and Significance of Life, a catástrofe pedagógica que a educação vem passando.


“Estamos como que fabricando, segundo um modelo, um tipo de ser humano cujo principal interesse é procurar a segurança, tornar-se pessoa importante, ou viver deleitavelmente e com o mínimo possível de reflexão.

A educação convencional dificulta sobremodo, o pensar independente. A padronização do homem conduz à mediocridade. Ser diferente do grupo ou resistir ao ambiente não é fácil, e não raro é arriscado, porque adoramos o bom êxito...estamos sendo educados para diferentes profissões dentro de um sistema que se funda na exploração e no temor com sua concomitante avidez.”


Percebe-se que a desintegração do homem tem sido o principal fator dos conflitos para si próprio. E com um sistema que perpetua nossas mais diversas divisões, compreender o processo total do significado da educação tem se tornado uma tarefa cada vez mais árdua. Mas o que a ciência e a pedagogia, com todas suas implicações tem a ver com isso? Tudo! Afinal de contas nossa capacidade mentora está estimulando cada dia mais o uso equivocado da ciência para cegar o homem em si mesmo. Sabemos tudo sobre técnicas de construção, metodologias científicas, otimização maquinária e muitas coisas mais, mas não somos levados a questionar seu uso e nem sabemos o porquê de se produzir tais objetos e conhecimentos. Nossa cegueira se tornou tão aterrorizante que execramos imediatamente àquele que não se comporta como o padrão rege; ter uma nova idéia se tornou algo perigoso, pois no momento em que já a temos, nos tornamos alvos de inúmeras críticas e questionamentos, mais pelo interesse de destruir a criatividade do que pelo processo construtivo do debate, mais por vaidade do que por virtude. Quanto mais antiga é uma idéia - mesmo que equivocada - mais sutil é seu entorno em nossas mentes; nos tornamos entorpecidos por ela de tal forma que uma nova reflexão é imediatamente sufocada, pois ela possui a desgraça de ser recente, independente de sua possível colaboração para todo o mundo. Nossos conhecimentos nos destroem. Embebeda-nos com o poder que nos dão. A salvação única está na sabedoria.


E o que fazer com a famosa frase de Mark Twain (??): "Jamais permiti que a escola atrapalhasse minha educação."


Nossa dita "inovação", está perpetuando os mesmos equívocos de antigamente, e a educação atual é uma das principais armas para essa manutenção que tem levado o ser humano à autodestruição. Levamos adiante uma ciência cega sem a ética libertadora; compreendemos o uso de máquinas, armas, aparelhos de todas as formas e utilidades, mas não compreendemos o porquê do homem usar a si mutuamente. Assim como nosso dito "sucesso", que é mais regido pelo que temos do que aquilo que somos, num mundo onde a educação, em todos o sentidos e divisões, apresentam sérias amostras de um conteúdo fadado ao próprio fracasso pela sua completa ineficiência.


* Charles Chaplin adaptado (1940).

domingo, 11 de setembro de 2011

Homem Bom de Cama - By Kirna Nascimento

Homem bom de cama não é aquele que demora um século para terminar uma transa, que agüenta até o fim, ou aquele que faz sexo oral como ninguém, ou que consegue ter milhões de orgasmos sem perder a ereção.Ser bom de cama é muito mais que isso. É olhar para a mulher e sentir o que ela quer, saber só pelo olhar ou pelas expressões corporais quais são os desejos dela.

É muito mais que satisfazer o corpo, é entender a alma.
Ser bom de cama é saber o que a mulher pensa, respeitar seus desejos, entender seu corpo, conhecer cada curva, cada detalhe, é saber como ela quer sentir prazer e como fazer com que ela sinta.

Homens bons de cama são raros. A maioria se confunde. Não sabem o que estão fazendo. Acham que estão certo, mas não entendem o que é fazer uma mulher sentir prazer de verdade. A maioria nunca vai saber, por ignorância, arrogância, ou por negligencia das mulheres. Realmente é cansativo ter que quase implorar para ser vista, apreciada e não ser tratada como se não tivesse capacidade de pensar algo coerente.

É realmente frustrante para uma mulher ter que conviver com essa situação, pelo menos para as que pensam de verdade e não se deixam levar pelos conceitos pré-concebidos que sugerem que mulheres não devem procurar se conhecer realmente, se sentir de verdade. As que são levadas por esses falsos valores não conseguem avaliar se o homem é ou não bom de cama, porque elas não sabem do que gostam. Por isso acredito que tantos homens que não entendem nada de mulher conseguem ainda ter relacionamentos.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Morte

-> Tomarei o embalo de Krishnamurti em Commentaries On Living 1 & 2, adaptado às minhas ideias e experiências.


Este é um dos assuntos mais complexos e difíceis para a humanidade: O "fim!"

Para muitas culturas esse momento é algo a ser celebrado, pois trata-se de uma transição deste para um lugar melhor. Inúmeras pessoas, mesmo em nossa sociedade não muito acostumada à esse tipo de visão, acreditam em um lugar tranquilo e sereno após este período, muitos sem muita convicção, mas assim crêem por medo.

A morte é inevitável, mas temos temor à ela. Como não podemos vivenciá-la, temos medo dela. Agora, como poderemos ter medo daquilo que não conhecemos? Na verdade não temos medo do desconhecido, mas da perda do conhecido, porque isso pode causar dor ou levar embora sua ideia sobre ela. É o conhecido que causa medo, não o desconhecido, afinal de contas, como o desconhecido pode causar medo? Temos medo de nossas ideias na relação dela com a morte, e como nos prendemos a uma experiência, adquirimos o temor do que o futuro possa ser. Mas o que "pode ser", é uma oposição daquilo que "é", ao presente, e é nele que devemos trabalhar.

Como é árdua a tarefa de lidar com essa fase da vida! De repente nos perdemos e ficamos distantes daquilo que estava tão próximo! Agora estamos conscientes de outras coisas, que se tornaram muito mais importantes. Agora percebemos que estamos sozinhos, sem um companheiro, sem o sorriso e a palavra inteligente e familiar; estamos atentos a nós mesmos agora e não somente ao outro. O outro era tudo e nós, nada; agora o outro não está presente e nós somos aquilo que é. O outro é um sonho e a realidade é o que somos; um sonho de nossa própria criação, vestido com a beleza de nossa própria alegria que desaparece gradualmente. O desaparecimento é a morte e a vida é o que somos, e a vida é sempre mais forte que a morte. Mas como amamos a morte e não a vida! Quando o outro é, nós não somos; quando o outro é, somos livres, desinibidos; o outro é a flor, o vizinho, o amor, o perfume, a lembrança. Todos queremos o outro, somos identificados pelo outro, o outro é importante e não nós mesmos. O outro é o nosso sonho; e ao acordar, nós somos o que é. O que é é imortal, mas queremos dar um fim ao real. Nossa vontade é de fugir de nós mesmos, de nossa própria compreensão, de nossa própria infelicidade, e infelizmente muitos nos ajudam a fugir, mas poucos ajudam a nos compreender. A dor não pode ser ignorada, ela deve ser compreendida a cada momento. Quando estamos felizes o tempo não existe, ontem e amanhã estão ausentes; a pessoa não pensa no passado e no futuro. Mas a infelicidade gera esperança e desespero. O problema na maioria das vezes não é a morte em si, mas a infelicidade gerada por ela. A infelicidade é o problema, confundida pela introdução de outro problema, que é o de como sair dela. Buscamos a saída, mas se compreendermos todo o processo, estaremos diante do problema. Entretanto, cometemos o equívoco de no final nos prendemos ao nosso próprio desespero.

Quatorze meses de luta contra um câncer de mama, e minha mãe veio a falecer quando eu tinha 14 anos. Cinco anos depois percebi que o problema não era a morte em si que, sinceramente, rapidamente superei, mas foi a falta de carinho materno, a compreensão quase divina, a paciência constante e os cuidados de mãe que me fizeram falta. Nesse processo, descobri o próprio abandono e a herança negativa de todos em minha volta que não souberam lidar com o fato.

A morte não é o verdadeiro problema, mas sim as nossas mentes lotadas de preconceitos e ideias sobre ela, que nos impedem de ver a verdade. Sempre a observamos com o filtro intermediário de nossas prévias conclusões, de nossas antigas e falhas abordagens, de outras pessoas, de crenças e ideologias; nunca nos permitimos olhar por nós mesmos a renovação da morte em nosso próprio espírito; jamais olhamos no espelho de nosso auto-relacionamento e encarar face-a-face o momento em si. Fugas sempre existirão, mas os problemas não vão embora através disso; pelo contrário! Se não existir o entendimento, o problema persistirá, como se fosse uma sombra. Humildade e tranquilidade são fundamentais, mas para isso devemos pensar por nós mesmos, não pela mente de quem está ou mesmo de quem se foi.

O contrário da vida não é a morte, a morte é apenas uma fase da vida! Então, amemos a vida; saibamos lidar com a morte e aprendamos com ela, mas não se permita que a morte tome você, o que, infelizmente, acontece com a maioria da humanidade em todos os níveis.

O que não provoca a minha morte faz com que eu fique mais forte - Friederich Nietzsche
A morte do homem começa no instante em que ele desiste de aprender - Albino Teixeira

terça-feira, 5 de abril de 2011

Enfrente a Si Mesmo.

Sempre digo que somos um resultado: Um resultado de todas as escolhas que fizemos no passado; logo, o futuro depende daquilo que fazemos hoje. O futuro não é uma entidade separada do presente, mas para muitos esse tipo de pensamento é algo longínquo e incompreensível. No entanto é preciso saber observar e aprender com os processos de mudança que aparecem ao longo de nossa contínua caminhada rumo ao desconhecido.

É curioso o quanto as pessoas não sabem apreciar tanto os bons momentos quanto as adversidades do cotidiano. Muitos usam do artifício da fuga para evitar o sofrimento, mas ele sempre persiste, como se fosse uma sombra. Existem fugas de diversos tipos: Veneração, bebiba, drogas e até o uso de outras pessoas; entretanto, como disse Krishnamurti, enquanto forem meros meios de fuga, "Deus" e a bebida estão no mesmo patamar. Agora, haverá a possibilidade de entender o problema se você não dá a devida atenção à ele? O entendimento é a única forma para a superação do problema, já que o problema e você não estão separados.

O sofrimento é importantíssimo para o processo de auto-descoberta. Quando ele vem à tona, uma espécie de "vazio" atua em nossa realidade; nas surpresas, observações e com a devida atenção aprendemos a preencher esse vazio, mas isso somente ocorre quando existe movimentação e exposição de nossa parte, pois sem isso nossa realidade não muda. Quando alguém nos abandona, independente da forma, é crucial a retomada de nossos próprios sentidos, pois sem eles nunca daremos a volta por cima.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Em Terra de Cegos quem tem um Olho é Rei! Será que é verdade?

O ditado "em terra de cegos quem tem um olho é rei" não é muito condizente com a história: Einstein foi considerado louco por dizer sobre a existência de uma quarta dimensão; hoje, com a teoria dos universos paralelos, pode ser que existam ao menos 11 dimensões. Galileu foi taxado de herege pela Igreja Católica por afirmar que era a Terra que girava em torno do Sol, não o contrário. Louis Pasteur foi desacreditado quando afirmou a existência de microorganismos existente no ar e na água. Sócrates foi obrigado a tomar cicuta por ter ideias que estavam muito à frente de seu tempo; enfim, a história é pródiga em nos apresentar exemplos como esses. Como disse minha amiga Bianca, "com que preço pagamos para sermos seres iluminados?" No entanto, esses grandes homens tiveram o insight e a coragem ao manterem suas ideias, observarem a si mesmos, quebrar com suas tradições e, o que eles viram, mudou o mundo para sempre.


Em nossas vidas, muitas vezes somos subjugados e submetidos a ir de acordo com uma maneira de vida que não é a nossa. Em nossas árduas batalhas praticadas contra nós mesmos, o antagonismo e a confusão são consequências dessa resistência que criamos entre as crenças (verdades dos outros) e a nossa verdade, porém essas mesmas histórias dolorosas dos homens citados acima podem servir como uma grande lição em nossas vidas.


Não existe maior nobreza do que seguir aquilo que você realmente acredita. Não existe algo mais puro e sublime do que ir de acordo com a verdade que vem de dentro. Esse é o caminho que leva ao entendimento, e a única fé necessária. Mesmo que o preço seja alto e que algumas pessoas lhe considerem inadequada à situação, não existe coisa pior para a alma de alguém do que o conformismo. Por isso, é fundamental o espírito investigativo e jamais parar de questionar as coisas, pois, como disse Dalton Cortucci "o inexplicável é apenas resultado de leis que desconhecemos. Se a gente só usar o raciocínio vamos sempre descartar aquilo que não conseguimos compreender; isso pode fazer toda a diferença entre solucionar ou não aquilo que não obtemos até aqui".


Aprendemos a não seguir a nossa intuição, aprendemos que dar valores aos sentimentos é algo desnecessário e aprendemos que saber lidar com nossa mente é algo muito difícil de fazer. Quebrar esse padrão pode gerar controvérsias com os demais, mas alguém aí se lembra do começo do texto?


"O inimigo não é o outro. O inimigo é você" - Jiddu Krishnamurti


Luis Castañeda

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Mais importante que o problema é a forma de vê-lo.

Todos na vida já passaram por algum problema, certo? E foi de fundamental importância para superá-lo ter uma perspectiva otimista, ou pelo menos nova do problema.

Talvez, mais importante do que o próprio problema, seja a abordagem que é feita em torno dele, pois a forma como você o vê é de suma importância para seu entendimento, pois seus medos, esperanças, lágrimas e preconceitos irão colori-lo. Trata-se de um dilema: Os problemas são apresentados sempre em uma nova forma, mas muitos insistem na mesma velha e falha abordagem.

Frequentemente, quando tentamos uma solução, vamos apenas para o que foi projetado por nossa mente, ou seja, sequer conseguimos sair das muralhas de nossos temores. O que de nada adianta.

É fundamental a percepção neste momento, pois devemos saber que não somos uma entidade separada do problema; você é o problema. A solução também não está fora dele.

Então, entre em contato direto com seus problemas. Trata-se de algo muito difícil, pois muitos tem medo de "olhar para o espelho" e enxergar a realidade que nos amarga. Mas jamais conseguiremos superá-lo sem antes compreendê-lo.

Não existem grandes conquistas sem grandes questionamentos e sem um pensamento excêntrico.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Três dicas para o dia-a-dia.

Conheço uma pessoa que é muito bem humorada, cheio de energia, conheceu uma pessoa que aos poucos foi se tornando um relacionamento sério, mudou o comportamento e passou a viver para este compromisso. No entanto, sua parceira, vez por outra transita no campo da dúvida, transmitindo insegurança, colocando esta pessoa num estado de espírito digno de preocupação.

Numa dessas ocasiões escreveu no seu MSN: "Estou me sentindo um pano que limpou o chão do banheiro da rodoviária". Fui obrigado a rir, apesar de entendê-lo, afinal de contas também não estamos livres de uma situação similar. Por uma situação que não vamos aqui comentar, hoje me senti meio parecido com o personagem que me inspirou a escrever o artigo de hoje. Então resolvi dar 3 conselhos a mim mesmo:

1) Não se preocupe com o que a outra pessoa pensa!


O que a outra pensa é idéia dela. Não podemos adentrar a cabeça de outra pessoa para mostrar uma realidade que imaginamos ser a melhor para ela. Elas possuem livre-arbítrio! Tudo na vida tem um preço e cada um paga como achar melhor. Cada pessoa tem seu ponto de vista. Um indígena do interior da Amazônia vê a luz com conceito diferente de um físico da USP. Na vida moral é a mesma coisa. O que se precisa nesta hora é nutrir o cérebro de pensamentos limpos, porém, não está em nosso poder exigir que a outra pessoa pense como nós.


2) Não se influencie com o que os outros falam!


A palavra de amigos e "conselheiros", dos conhecidos e "intrometidos", é criação verbal de responsabilidade deles. Falam do que tem em mente, e comentam de acordo com seus sentimentos. Cada um fala conforme a bagagem interior que possuem! É dever nosso ter uma conversa criteriosa, porém não temos meios para interferir na manifestação pessoal das pessoas que nos cercam. Mesmo que sejam pessoas de nosso coração!


3) Não sofra com o que os outros fazem!


As ações e atitudes das pessoas são escolhas delas. Deus não nos criou cópias uns dos outros. Cada cabeça e cada coração têm uma consciência particular. As pessoas atravessam fases de evolução, e quando agem dentro da sua fase de evolução, é o que elas acham que é melhor. Se, por acaso, ainda não conseguem distinguir sentimentos, ou fazem atitudes que ferem o próximo, isso é problema que compete a elas e não a nós.

Então reforcei para eu mesmo que as pessoas têm livre arbítrio, dado por “Deus”! Por isso, vamos continuar cooperando uns com os outros, e auxiliando quem precisa,aceitando a todos, sem perder tempo com que os outros pensam, falam ou fazem! O recado final para mim mesmo foi: não esqueça que respeito com as opções dos outros é nosso dever e obrigação!


Obs: Os três conselhos não foram de minha autoria, no entanto desconheço seu escritor.

Ps: O texto original sofreu algumas alterações para facilitar a interpretação para o leitor.


Luis Castañeda

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Traição

Estava escutando, não há muito, uma entrevista de Mirian Goldenberg na rádio CBN. Trata-se de uma conceituada antropóloga que escreveu o livro “Por que Homens e Mulheres Traem?”, que foi lançado mês passado. Dentre seus comentários, teve um que me chamou muito a atenção. Um grande número de mulheres não trai com outro homem, mas traem com a melhor amiga. O motivo: Elas querem alguém que ouça seus problemas e lhes dê a atenção que falta em seu companheiro. Vejam que intrigante paradoxo: As pessoas traem, mas consideram a fidelidade o principal valor para um casamento feliz.


O motivo dos homens traírem suas mulheres é em sua maioria por atração física. Em suma, querem provar a si mesmos que são capazes de conquistar uma outra mulher. Uma momentânea “massagem” no ego. Mas como disse Celso Marzano, eles gostam daquela mulher que vibra tanto com uma singela rosa quanto com um colar de diamantes; que quando doente, não se afasta de seu leito; que quando ele não está, é mãe, pai e chefe de família sem perder a feminilidade; que quando ele encontra-se indisposto, faz-lhe uma massagem e toma-o no colo; que diz que ele é o melhor amante do mundo, e que de todos os homens da Terra, é o mais viril. Para os homens fiéis, a principal motivação para ser exclusivo à uma mulher, é que a esposa ou namorada seja alguém companheira, parceira, esposa e amante.

No mundo feminino, o principal motivo é a pouca compreensão por parte do parceiro: Mulheres querem ser “as especiais”, únicas, desejadas, amadas. Afinal de contas, elas sempre se queixam de serem desvalorizadas por homens que julgam não tratá-la como merecem.


No entanto, irei discorrer de uma citação de Osho: Há apenas uma traição e ela consiste em trair sua própria vida. Não há outra traição. Se você continuar a viver com um cônjuge resmungão, possessivo, sem qualquer amor, você estará destruindo suas próprias oportunidades.

Permaneça fiel a si mesmo – essa é a única fé necessária – e tudo estará bem.


Observei que ele realmente tem razão! Afinal de contas existe alguma outra traição do que ir contra aquilo que você sente e pensa? Porque mesmo alimentando tantos antagonismos, dores, lágrimas e sofrimentos, continuamos insistindo no mesmo relacionamento tóxico que tanto nos faz mal?

Vale lembrar que, para que não haja traição, deve haver acima de tudo carinho, desejo, respeito, sinceridade, afeto e atenção por parte dos casais, e não haverá outra forma de manter um relacionamento saudável se não existir um diálogo devidamente aberto e verdadeiro por parte das duas entidades.

Algo que aumenta ainda mais o número de casos de traição é a crise social existente atualmente. Falar sobre traição, sexo, relacionamentos e amor é um tabu hoje em dia. A repressão é tão grande que, quando mencionamos esse tipo de assunto, imediatamente surge o temor de sermos ridicularizados ou reprimidos. Como nada pode ser reprimido, a manifestação dessa situação se revela em inúmeros problemas no qual o stress, depressão e baixa estima se tornam, não a causa, mas em um sintoma dessa degradante e grave realidade.


Observando tudo isso, é notório que fidelidade é algo que vai muito além de uma traição. Ser fiel é ser verdadeiro com os sentimentos, ser cúmplice em momentos difíceis, viver ao máximo as alegrias e aprender a aceitar e aprender com as tristezas e, acima de tudo, aceitar tudo aquilo que “é”. Mais importante do que ser fiel à sua parceira(o), é ser fiel à si mesmo(a).

sábado, 7 de agosto de 2010

Seu Ambiente é seu Reflexo - Por Dalton Cortucci

É bem possível que você esteja rodeado de amigos, conhecidos, parentes, e que nunca lhe falte interlocutores. É bem possível que com muitos deles você se sinta à vontade. Isso nada mais é do que o resultado do ambiente que você criou. Esse ambiente reage à você e você à ele.


Se observar bem, vai notar que esse ambiente que criou obedece a uma espécie de protocolo de comunicação. Com alguns você conversa determinados assuntos, com outros o assunto muda, enfim, dependendo do seu interlocutor e do nível de intimidade as coisas fluem de uma forma ou de outra. Contudo, talvez você nunca tenha percebido, mas há um risco: a previsibilidade.


Em outras palavras, como você e o seu ambiente reagem segundo um padrão, os níveis de compreensão, as idéias, a forma de agir, operam sempre dentro uma certa previsibilidade. Esse protocolo poderá inibir novos assuntos, novos pensamentos, novas abordagens e até novos relacionamentos.


Agora pare e avalie se não seria saudável ter também contato com pessoas fora dessa previsibilidade. Pessoas que pensem diferente, pessoas não tão envolvidas com seus problemas, pessoas que não tenham expectativas de seu comportamento ou de suas idéias. Pessoas que, de alguma forma, pudessem estimular em você um esforço para observar e avaliar as coisas, talvez até as mesmas coisas de sempre, mas sob um outro ponto de vista.


Travar contato com pessoas novas - de fora de seu ambiente - pode significar novas idéias, novos caminhos e novas oportunidades.


É bem possível que relacionando-se com pessoas novas você encontre a dica que procura para resolver um problema, para atingir uma meta, para tomar uma decisão, para compreender coisas que, até então, sua visão condicionada pelo seu ambiente lhe impedia de ver. Isto é o que observamos nitidamente em nossos cursos e processos de Coaching. As pessoas encontram-se de uma certa forma viciadas num padrão, o que lhes impede de conhecerem seus potenciais e habilidades, através dos quais poderiam promover significativas mudanças em suas vidas.


Estabeleça novas relações sem se preocupar qual será o patamar que elas alcançarão no futuro. Procure variar seus interlocutores, de forma que novos assuntos possam fazer parte de sua avaliação diária sobre sua vida e seus objetivos. Essa atitude demonstra a si mesmo que você é MAIS e que quer MAIS.


Experimente uma ação diferente, pois nada funciona na teoria.


Por isso, mãos à obra !

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Qual é o preço da felicidade?

Em uma entrevista para uma emissora norte americana, Osho foi questionado da seguinte maneira: Porque não simplesmente dar a felicidade, porque precisamos necessariamente vendê-la? “Não, porque algo que é simplesmente dado nunca é pego por ninguém. Quanto maior o preço, tanto melhor, pois assim pagarão e guardarão em seus tesouros. Dê grátis e não terá valor, porque as pessoas não entendem o valor até que tenha um preço”. Após essa genial resposta de Osho, comecei a fazer algumas observações sobre certas coisas que de início parecem ser fúteis ou desprezíveis em nossas vidas, mas que são fundamentais para que alcancemos nossos objetivos, conquistemos nossa felicidade e observemos com mais apreço as coisas e pessoas ao nosso redor.


Realmente, através desses questionamentos, percebemos que as pessoas não sabem de valor, mas apenas de preços. Somente após muito esforço, perda e qualquer outro tipo de desgaste que passamos a interpretar “as coisas como são” e/ou a nossa realidade de uma nova maneira, já que só paramos para pensar apenas quando o momento nos exige a introspecção e reflexão, caso o contrário, sequer observamos ou agradecemos algo ou alguém.


Em sua passagem pela Índia, Alexandre foi questionado por um sábio que lhe perguntou o quanto ele seria capaz de pagar por uma garrafa de água se ele estivesse em um sedento deserto. “A metade de meu império”, afirmou Alexandre. Não satisfeito, o sábio ainda não venderia até que pagasse o império todo. “Por que eu deveria vender? Se essa é uma indicação de que se eu esperar um pouco mais o cliente vai sentir mais sede e irá me pagar o império todo”. E Alexandre concordou que seria provável que ele pagasse por inteiro seu império. Um grande exemplo do incomensurável valor daquilo que é de certa forma “gratuita”.


A felicidade é algo espontâneo, inerente, disponível para todos, mas como as coisas se tornaram muito mais difíceis através de nossos próprios pensamentos e atitudes (condicionamento psicológico identificado), acabamos vendo a felicidade como um recurso a ser a atingido, sendo uma dádiva para alguns e um objetivo para os que não a possuem. Pior ainda é que nos dias de hoje classificamos a felicidade como, segundo o célebre pensador Frei Betto, como a soma dos resultados dos prazeres: Se você comprar essa camisa, esse tênis, essa bebida e esse carro, você chega lá! Mas o pior é que dificilmente se chega, e no final acabamos notando que o buraco é mais “em baixo” do que imaginávamos.


Não existe uma etiqueta de preço em nossos pais, pessoas próximas ou em lugares que nos fazem bem, mas somente na ausência deles é que observamos a grande mediocridade de nosso ser. Pois muitas vezes deixamos o fundamental e o essencial de lado por questões como discussões, aborrecimentos e problemas.


Logicamente as pessoas preferem o mais fácil ao mais árduo, mas muitas vezes precisamos da dificuldade, da dor e do obstáculo para perceber a vida em toda sua plenitude. Mas infelizmente, para as pobres pessoas que nada valor as coisas dão, lhes chegará a hora de eles mesmos colocarem o preço naquilo que as rodeiam.


No final de tudo você irá perceber igual a mim que a felicidade, mesmo estando aí para qualquer um, somente será atingida através da vulnerabilidade e humildade, e nunca pode ser obtida daquilo que vem de fora. A felicidade é simplesmente um resultado de um estado de harmonia; estado de espírito ligado a forma de levar a vida.


A felicidade somente pode acontecer para o todo, nunca para a parte.
Quando o todo se movimenta sem qualquer impedimento, o próprio movimento é felicidade.