segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Traição

Estava escutando, não há muito, uma entrevista de Mirian Goldenberg na rádio CBN. Trata-se de uma conceituada antropóloga que escreveu o livro “Por que Homens e Mulheres Traem?”, que foi lançado mês passado. Dentre seus comentários, teve um que me chamou muito a atenção. Um grande número de mulheres não trai com outro homem, mas traem com a melhor amiga. O motivo: Elas querem alguém que ouça seus problemas e lhes dê a atenção que falta em seu companheiro. Vejam que intrigante paradoxo: As pessoas traem, mas consideram a fidelidade o principal valor para um casamento feliz.


O motivo dos homens traírem suas mulheres é em sua maioria por atração física. Em suma, querem provar a si mesmos que são capazes de conquistar uma outra mulher. Uma momentânea “massagem” no ego. Mas como disse Celso Marzano, eles gostam daquela mulher que vibra tanto com uma singela rosa quanto com um colar de diamantes; que quando doente, não se afasta de seu leito; que quando ele não está, é mãe, pai e chefe de família sem perder a feminilidade; que quando ele encontra-se indisposto, faz-lhe uma massagem e toma-o no colo; que diz que ele é o melhor amante do mundo, e que de todos os homens da Terra, é o mais viril. Para os homens fiéis, a principal motivação para ser exclusivo à uma mulher, é que a esposa ou namorada seja alguém companheira, parceira, esposa e amante.

No mundo feminino, o principal motivo é a pouca compreensão por parte do parceiro: Mulheres querem ser “as especiais”, únicas, desejadas, amadas. Afinal de contas, elas sempre se queixam de serem desvalorizadas por homens que julgam não tratá-la como merecem.


No entanto, irei discorrer de uma citação de Osho: Há apenas uma traição e ela consiste em trair sua própria vida. Não há outra traição. Se você continuar a viver com um cônjuge resmungão, possessivo, sem qualquer amor, você estará destruindo suas próprias oportunidades.

Permaneça fiel a si mesmo – essa é a única fé necessária – e tudo estará bem.


Observei que ele realmente tem razão! Afinal de contas existe alguma outra traição do que ir contra aquilo que você sente e pensa? Porque mesmo alimentando tantos antagonismos, dores, lágrimas e sofrimentos, continuamos insistindo no mesmo relacionamento tóxico que tanto nos faz mal?

Vale lembrar que, para que não haja traição, deve haver acima de tudo carinho, desejo, respeito, sinceridade, afeto e atenção por parte dos casais, e não haverá outra forma de manter um relacionamento saudável se não existir um diálogo devidamente aberto e verdadeiro por parte das duas entidades.

Algo que aumenta ainda mais o número de casos de traição é a crise social existente atualmente. Falar sobre traição, sexo, relacionamentos e amor é um tabu hoje em dia. A repressão é tão grande que, quando mencionamos esse tipo de assunto, imediatamente surge o temor de sermos ridicularizados ou reprimidos. Como nada pode ser reprimido, a manifestação dessa situação se revela em inúmeros problemas no qual o stress, depressão e baixa estima se tornam, não a causa, mas em um sintoma dessa degradante e grave realidade.


Observando tudo isso, é notório que fidelidade é algo que vai muito além de uma traição. Ser fiel é ser verdadeiro com os sentimentos, ser cúmplice em momentos difíceis, viver ao máximo as alegrias e aprender a aceitar e aprender com as tristezas e, acima de tudo, aceitar tudo aquilo que “é”. Mais importante do que ser fiel à sua parceira(o), é ser fiel à si mesmo(a).

sábado, 7 de agosto de 2010

Seu Ambiente é seu Reflexo - Por Dalton Cortucci

É bem possível que você esteja rodeado de amigos, conhecidos, parentes, e que nunca lhe falte interlocutores. É bem possível que com muitos deles você se sinta à vontade. Isso nada mais é do que o resultado do ambiente que você criou. Esse ambiente reage à você e você à ele.


Se observar bem, vai notar que esse ambiente que criou obedece a uma espécie de protocolo de comunicação. Com alguns você conversa determinados assuntos, com outros o assunto muda, enfim, dependendo do seu interlocutor e do nível de intimidade as coisas fluem de uma forma ou de outra. Contudo, talvez você nunca tenha percebido, mas há um risco: a previsibilidade.


Em outras palavras, como você e o seu ambiente reagem segundo um padrão, os níveis de compreensão, as idéias, a forma de agir, operam sempre dentro uma certa previsibilidade. Esse protocolo poderá inibir novos assuntos, novos pensamentos, novas abordagens e até novos relacionamentos.


Agora pare e avalie se não seria saudável ter também contato com pessoas fora dessa previsibilidade. Pessoas que pensem diferente, pessoas não tão envolvidas com seus problemas, pessoas que não tenham expectativas de seu comportamento ou de suas idéias. Pessoas que, de alguma forma, pudessem estimular em você um esforço para observar e avaliar as coisas, talvez até as mesmas coisas de sempre, mas sob um outro ponto de vista.


Travar contato com pessoas novas - de fora de seu ambiente - pode significar novas idéias, novos caminhos e novas oportunidades.


É bem possível que relacionando-se com pessoas novas você encontre a dica que procura para resolver um problema, para atingir uma meta, para tomar uma decisão, para compreender coisas que, até então, sua visão condicionada pelo seu ambiente lhe impedia de ver. Isto é o que observamos nitidamente em nossos cursos e processos de Coaching. As pessoas encontram-se de uma certa forma viciadas num padrão, o que lhes impede de conhecerem seus potenciais e habilidades, através dos quais poderiam promover significativas mudanças em suas vidas.


Estabeleça novas relações sem se preocupar qual será o patamar que elas alcançarão no futuro. Procure variar seus interlocutores, de forma que novos assuntos possam fazer parte de sua avaliação diária sobre sua vida e seus objetivos. Essa atitude demonstra a si mesmo que você é MAIS e que quer MAIS.


Experimente uma ação diferente, pois nada funciona na teoria.


Por isso, mãos à obra !